terça-feira, 29 de julho de 2008

RECICLAGEM DO LIXO – muito mais do que uma solução.

Para compreendermos a reciclagem é importante "reciclarmos" o conceito que temos de lixo, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. Grande parte dos materiais que vão para o lixo podem (e deveriam) ser reciclados. Tendo em vista o tempo de decomposição natural de alguns materiais, faz-se necessário o desenvolvimento de uma consciência ambientalista para uma melhoria da qualidade de vida atual e para que haja condições ambientais favoráveis à vida das futuras gerações.

Atualmente a produção anual de lixo em todo o planeta é de aproximadamente 400 milhões de toneladas. O que fazer e onde colocar tanto lixo é um dos maiores desafios deste final de século.
A Reciclagem é uma alternativa para amenizar o problema, porém, é necessário o engajamento da população para realizar esta ação. O primeiro passo é perceber que o lixo é fonte de riqueza e que para ser reciclado deve ser separado. Ele pode ser separado de diversas maneiras e a mais simples é separar o lixo orgânico do inorgânico (lixo molhado/ lixo seco). Esta é uma ação simples e de grande valor. Os catadores de lixo, o meio ambiente e as futuras gerações agradecem.

O que é e o que não é reciclável?

São considerados recicláveis aqueles resíduos que constituem interesse de transformação, que têm mercado ou operação que viabiliza sua transformação industrial. É importante o programa de coleta seletiva ter coerência com a realidade local, isto é, a realidade social, ambiental e econômica.

Na lista abaixo há materiais ditos não recicláveis que em certas regiões tem compradores, podendo ser considerados recicláveis.
  • Alguns exemplos de papéis recicláveis: Folhas e aparas de papel, Jornais, Revistas, Caixas, Papelão, Formulários de computador, Cartolinas, Cartões, Envelopes, Rascunhos escritos, Fotocópias, Folhetos, Impressos em geral, Tetra Pak.

  • Exemplos de papéis não recicláveis: Adesivos, Etiquetas, Fita Crepe,Papel carbono, Fotografias, Papel toalha, Papel higiênico, Papéis engordurados, Metalizados, Parafinados, Plastificados, Papel de fax.

COLETA SELETIVA EM CORES -


Mais importante que as cores e o numero de coletores é a coerência com o que vem antes e o que vem depois.
O fato é que na maioria das vezes a coleta não é multiseletiva, ou seja, não há uma coleta para cada tipo de material, como acontece na Europa onde o sistema de quatro cores surgiu. Aqui o mesmo caminhão vai coletar todos os materiais recicláveis. Quem observa a coleta se sente frustrado após o esforço de separar por cores. Ademais a comercialização dos recicláveis se dá após uma separação muito mais fina. Os plásticos, por exemplo, ao chegarem à cooperativa, deverão ser selecionados por tipo e cor e só então enfardados para a comercialização. Há mais de 300 tipos de plásticos.

Da mesma forma o papel, são separados por tipo: papel branco, revista, jornal, papelão, papelão com impressão de um lado, papelão com impressão dos dois lados, e assim vai. Ou seja: mesmo que a separação na fonte seja feita em quatro cores no galpão terá de haver uma nova separação.

Outros motivos para não se separar em quatro cores.

  • O espaço necessário é maior;

  • Dificuldade de enquadrar alguns materiais como a embalagem longa vida. Elas são feitas de papelão, alumínio e plástico. Em que lixeira deve colocar? E o isopor, em que lixeira colocar?

  • Com uma lixeira para todos os recicláveis podemos utilizar o sistema de lixeiras individuais aumentando a responsabilidade individual pela separação dos recicláveis.

ÓTIMO VÍDEO SOBRE A RECICLAGEM DE GARRAFAS PET:

http://br.youtube.com/watch?v=slH_2gtvXKU

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